Lagom
Um conceito pra chamar de seu: Lagom
A medida certa entre o exagero e a omissão.
Este artigo faz parte de uma série em que compartilho alguns conceitos culturais que usamos na NVS para orientar o posicionamento de lançamentos imobiliários.
São ideias que importamos de outros mundos — da filosofia, do design, da sociologia — e que ajudam a dar profundidade, coerência e alma a marcas que não querem ser apenas “mais uma”.
Começamos por Lagom. Um conceito sueco. Um mantra pessoal. E uma bússola criativa que nos guiou no primeiro lançamento que fizemos após a pandemia, ainda em 2020.
Na época, caiu como uma luva.
E até hoje, quando volto a ele, penso: talvez esse seja o ponto de equilíbrio que mais precisamos reencontrar — na vida e nos negócios.
O que é Lagom, afinal?
“Nem demais, nem de menos. Apenas o suficiente.”
Essa é a tradução mais comum. Mas Lagom não é uma palavra — é uma filosofia.
É a busca por equilíbrio, por leveza, por coerência. É um jeito de viver, de decidir, de comunicar.
Na Suécia, Lagom está presente em tudo: no design funcional, na arquitetura limpa, na vida sem excessos.
É sobre saber editar — e não simplesmente somar.
O que Lagom ensina para o branding imobiliário?
Num mercado que muitas vezes exagera (na promessa, na paleta, no showroom, na cópia…), Lagom propõe outra lógica:
No time de vendas: treinamento que prioriza escuta e empatia, e não pressão.
No site: clareza, foco, leitura fluida. Sem mil CTAs e promessas genéricas.
No showroom: um espaço que acolhe, que convida. Sem cenários caricatos.
Nos funcionários: um time alinhado ao propósito, que comunica com naturalidade — sem frases prontas ou exageros corporativos.
Nas áreas comuns: funcionalidades reais, pensadas a partir da vida, não do render.
No entorno: valorização sensível do bairro, e não apenas do “produto”.
Lagom é presença sem ruído. Forma com função. Voz com intenção.
E se sua próxima marca fosse movida por esse conceito?
Um projeto onde menos realmente é mais.
Onde cada decisão estética tem um porquê.
Onde o branding não disputa atenção — ele cria harmonia.
Talvez essa seja a provocação mais relevante para os próximos ciclos de lançamentos:
Não precisamos de marcas maiores. Precisamos de marcas mais precisas.